O Consumidor, a mídia, e as misturas brasileiras.

O Consumidor, a mídia, e as misturas brasileiras.

 

 

O Brasileiro é sempre peculiar no formato de consumo de mídias. Três pesquisas recentes mostram como nosso jeito “Chiclete com Banana” ou “Miami com Copacabana” são tão bacanas e por isso tão desafiadoras. Enquanto cresce exponencialmente o uso das mídias digitais como canal de informação , diálogo, e compras, a TV se consolida como meio de lembrança.

A Classe C , mais numerosa no país, e portanto, alvo de muito interesse dos produtos e serviços de bens de consumo , demonstraram uma mudança aceleradíssima no comportamento de compra pela internet no Brasil, segundo pesquisa do IBOPE, encomendada pelo Facebook. Em torno de 45% substituíram as compras em lojas físicas por online, 62% compraram online em supermercados pela primeira vez na pandemia, e o mais bacana é que 67% afirmam que farão compras pela internet para o Natal, ou seja, caíram nas graças do e-commerce. Ponto para a mídia on line (aumento de geração de tráfego).

O Whats app ou aplicativo de mensageria – como é chamado tecnicamente – se tornou definitivamente a ferramenta de apoio e educação aos consumidores para a compra online, especialmente para as categorias entrantes, mas especialmente como valor agregado, demonstração de serviço e atendimento pessoal , uma característica de exigência de nosso consumidor, em geral.

32,8% dos 5000 entrevistados afirmaram ter feito mais compras através do celular na pesquisa encomendada pelo MMA e 52% informam que clicam sim em ofertas e anúncios em posts promocionais.

Mas em uma outra pesquisa realizado pelo Kantar (Data Stories) , houve o apontamento que a maioria dos entrevistados (não necessariamente da classe C) – 69% – responderam que se lembravam de ter visto um anúncio sobre a Black Friday na TV. 42% viram na internet e 35% também viram em redes sociais.

Eu acho fascinante. O Brasileiro , como diria Gilberto Gil na música Chiclete com Banana, é digno da criação de um samba para empresas de fora (ou sem visão do todo) entenderem esta cultura de misturas de meios, tão fortemente. Aqui é natural Candomblé e Catolicismo, Miami com Copabacana, Tv + Whatsapp + Internet. O desafio de chamar a atenção e estabelecer um relacionamento é enorme, considerando essa omnicanalidade, que é sempre do cliente, e não das marcas, vamos lembrar.

Diante disso, às empresas que ainda não entenderam algumas características de consumo no Brasil, fecho com o trecho da mesma música do Gil :“Quero ver o Tio Sam, de frigideira, numa batucada brasileira” – é o que temos que considerar, com a mesma leveza, para se conectar nesse cenário de fato com nosso público, e não se prender a um meio ou crenças próprias ultrapassadas.

Fonte dos dados: Meio&Mensagem edições 09 e 16/11

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